Origens do MST
A política desenvolvimentista do governo brasileiro na década de 1970 durante a ditadura militar gerou grandes conflitos no Sul do Brasil. Os pequenos agricultores lutaram para sobreviver e muitas vezes foram expulsos das terras das quais dependiam. Movimentos sociais, como o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra ("MST") com sua emblemática bandeira vermelha, começaram a surgir para lutar. Sua principal estratégia é através da ocupação de terras agrícolas, em particular grandes propriedades que não cumprem a “função social da terra”. Resistidas pelos proprietários de terras, essas ocupações do MST às vezes são reconhecidas pelo Estado como legítimas por meio de uma disposição da constituição brasileira, mas este processo (como um componente da luta pela reforma agrária) é altamente contencioso.
Festa da Colheita do Arroz Agroecológico
Maior produtor da América Latina
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra realiza festa durante a Abertura da Safra Agroecológica do Arroz todos os anos no Rio Grande do Sul. O evento acontece no Assentamento Filhos de Sepé, em Viamão, próximo a Porto Alegre. O IRGA (Instituto Rio Grandense de Arroz) reconhece o MST como o maior produtor de arroz orgânico da América Latina.
14 Assentamentos da Reforma Agrária
A produção de arroz orgânico do MST envolve 14 assentamentos em 11 municípios do Estado do Rio Grande do Sul
3.215 Hectares de área cultivada
A área de cultivo do arroz orgânico equivale a mais de 32 km² ou a mais de 32 mil campos de futebol
300 mil sacas
A colheita em 2020 foi de 300 mil sacas de arroz orgânico
364 Famílias de agricultores familiares
Juntando todos os assentamentos envolvidos são 364 famílias de agricultores familiares na produção de arros orgânico nos 11 municípios alcançados
Festa da Colheita
em números
(2020)
Festa da Colheita
em números
Fonte: dados retirados do site do MST. Link disponível na seção Créditos
Festa da Colheita
Jora Lima - agricultora assentada do MST
"Se o campo e a cidade se unir, podemos mudar a sociedade"
A luta pela terra
Os movimentos sociais envolvidos na luta pela terra desafiam a hegemonia econômica e a ordem política que sustenta as grandes empresas do agronegócio. O depoimento de Juliana Adriano aponta que embora o MST lute pela redistribuição de terras no Brasil, sua luta vai além das ocupações literais de fazendas. O MST atua por meio de Educação Ambiental e Trabalho em Rede e em ações coletivas de “diálogo com as pessoas”.
"É preciso construir a reforma agrária no diálogo com o povo”
Juliana Adriano – Coordenadora de Educação do MST em Santa Catarina
Movimento que inspira outros Movimentos
O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) tem influência e serve de inspiração para vários outros pequenos movimentos de luta pela terra, como é o caso do Assentamento Comuna Amarildo de Souza.